Metafísica do Absurdo
20.2.05
  Esparsidades ou Possíveis aforismos concernentes à uma provável confissão de desengano


Sou um péssimo jogador

***

Tenho uma profunda inaptidão para com as pessoas

***

Tenho um espírito fraco

***

Canso-me com uma facilidade risível

***

Pouco me dizem as explicações por necessidade, as explicações formais. Preciso das explicações encarnadas, daquelas que oferecem resistência ao toque. Elejo agora a contingência como o melhor parâmetro; quero justamente as que aparecem de súbito, de preferência acompanhadas por lágrimas. A fadiga da mente consome o corpo...
 
13.2.05
  "My head won't leave my head alone
And I don't believe it will
'Til I'm dead and gone
My head won't leave my head alone
And I don't believe it will
'Til I'm six feet under ground."
DMB - Rhyme & Reason

"Minhas costas estão curvadas sob um peso desumano. Neste instante, não há uma só dimensão de minha vida que esteja à salvo de uma angústia que só é limitada - e ainda por vezes se confunde com outras angústias - pelas outras instâncias que me desesperam. Sem dúvida, é um momento como este que eu utilizaria para justificar o meu fim."

Marc Soitraeil.

 
10.2.05
 
nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente além
de qualquer experiência,teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto

teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos,nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala como a Primavera abre
(tocando sutilmente,misteriosamente)a sua primeira rosa

ou se quiseres me ver fechado,eu e
minha vida nos fecharemos belamente,de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;

nada que eu possa perceber neste universo iguala
o poder de tua imensa fragilidade:cuja textura
compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira

(não sei dizer o que há em ti que fecha
e abre;só uma parte de mim compreende que a
voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas

E. E. Cummings


Estou pensando coisas pequenas. Apenas pensando como uma pequena palavra pode mudar a consistência do mundo.

 
«Il n’y a pas d’amour de vivre sans désespoir de vivre.» Albert Camus, L'Envers et l'Endroit

Presentes Primordiais
novembro 2004 / dezembro 2004 / janeiro 2005 / fevereiro 2005 / março 2005 / abril 2005 / maio 2005 / junho 2005 / julho 2005 / agosto 2005 / setembro 2005 / outubro 2005 / novembro 2005 / janeiro 2006 / fevereiro 2006 / março 2007 / maio 2007 /


Para ser informado sobre atualizações, preencha com seu email

powered by Bloglet

Blogs

cabeza marginal
criptestesia
da estrangeiridade
eccehomo
et alors
guardando rebanhos
litteraefflch
papel de pão
pensar enlouquece, pense nisso
superfície reflexiva
walkwoman
wumanity

Links

anpof
artcyclopedia
classic resources
epistemelinks
faculdade de filosofia são bento
hopper
instituto hypnos
le web camus
manybooks
mit classic archive
wordtheque



Powered by Blogger

xml



Divulgue o seu blog!